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Confiança do comércio atinge menor nível desde março de 2011

Segundo a CNC, queda na confiança foi influenciada pelo recuo na intenção de investimentos dos empresários

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou, nesta segunda-feira, que o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) voltou a ter declínio em julho: caiu 1,7%, em relação ao mês de junho, fechando em 85 pontos, o mais baixo desde o início da série em março de 2011.

Segundo a CNC, a queda da confiança foi influenciada pelo recuo na intenção de investimentos dos empresários e pela percepção das condições atuais da economia brasileira. A confiança do empresário do comércio atingiu, assim, o seu nível mais baixo desde março de 2011 acrescentou a CNC.

O Icec é o indicador que antecipa decisões de empresas do varejo. A amostra é composta por 6 mil empresas situadas em todas as capitais do País: como o Icec atribui pontuação de zero a 200 pontos, quanto menor é a pontuação maior é o pessimismo dos empresários.

O resultado de julho ocorre depois de leva alta de 0,6% registrada em junho na comparação mensal. Comparativamente a julho do ano passado a queda chega a 21,6%.

Segundo a CNC, o resultado negativo na comparação mensal foi influenciado principalmente pelo recuo de 1,6% na intenção de investimentos dos empresários e de 5% no subíndice que mede a percepção deles das condições econômicas atuais.

Na avaliação da entidade, a queda na percepção das condições atuais revela “um elevado grau de insatisfação dos empresários do comércio, especialmente na região Sudeste, cujo índice médio (41,8 pontos) está abaixo da média nacional (45,6 pontos)”.

Os empresários da região também apresentam a menor intenção de investimentos (80,1 pontos contra 83,8 da média nacional). Para 92,8% dos empresários consultados pela pesquisa em todas as capitais do País, houve piora no cenário econômico nos últimos 12 meses.

A CNC manteve a previsão anterior para o setor de queda de 1,1% no volume de vendas do varejo restrito para este ano. “Para alguns segmentos, porém, especialmente aqueles voltados para a venda de bens de consumo não duráveis, a expectativa para a segunda metade do ano tem se mostrado mais favorável diante da perspectiva de arrefecimento da inflação”, informa a confederação.