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86% dos empreendedores abrem um negócio sem conhecimento

Segundo pesquisa, entrevistados afirmam que aprenderam a gerenciar sua empresa na prática

A grande maioria dos pequenos empreendedores brasileiros admite que abriu sua empresa sem ter o conhecimento adequado sobre o que é ter um negócio. Essa é uma das principais conclusões da pesquisa realizada pelo CONECTAí, comunidade online de pesquisa do IBOPE Inteligência, a pedido da RSA Seguros. Nada menos que 86% dos respondentes afirmam ter passado por essa situação. Como consequência, 82% dos entrevistados disseram ter aprendido a gerenciar suas companhias na prática. Para a realização da pesquisa foram ouvidas, em agosto de 2014, mil pessoas que têm um negócio (49% dos respondentes), pretendem ter (45%) ou tiveram um nos últimos dois anos (6%).

Entre os que já têm uma empresa em atividade, o improviso em alguns aspectos fica evidente: quase a metade (47%) afirma que calculou a viabilidade do negócio sozinho, enquanto 28% buscaram informações na Internet ou em revistas de negócios, 22% recorreram aos conhecimentos de uma consultoria especializada e 19% pediram conselhos para amigos e parentes. Os futuros empreendedores mostram, porém, uma maior preocupação com o planejamento. Quase 60% deles dizem que devem contar com uma consultoria para avaliar esse aspecto.

Quando o assunto são cursos de formação, como de negócios ou gestão, essa falta de planejamento fica evidente entre as empresas que naufragaram. Mais de 60% dos empreendedores que fecharam suas companhias não fizeram qualquer curso nessas áreas. Já entre os que continuam na ativa, 50% buscaram esse tipo de informação, enquanto 68% dos que abrirão um negócio dizem que buscarão um curso nessa área.

Outro ponto importante quando o assunto é garantir a longevidade das empresas, o seguro corporativo ainda é pouco adotado pelos pequenos negócios. Entre os entrevistados que já possuem uma empresa, 75% afirmam não ter qualquer cobertura, apesar de 69% dos respondentes acreditarem que seguro é algo "muito importante" ou "importante". Questionados sobre os motivos que os levam a negligenciar essa proteção, 37% admitem nunca ter pensado na necessidade, 33% acham caro e 29% acreditam que a medida não é necessária.