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Inadimplência no Brasil permanece em 4,8% em março, informa BC

No mês passado, a inadimplência ficou em 4,8 por cento em março, mesmo patamar visto desde janeiro, informou o Banco Central nesta terça-feira.

A inadimplência com recursos livres no Brasil ficou estável em março, pelo terceiro mês seguido, ao mesmo tempo em que as taxas médias de juros e os spreads bancários continuaram subindo, refletindo o aperto monetário para controle da inflação.

No mês passado, a inadimplência ficou em 4,8 por cento em março, mesmo patamar visto desde janeiro, informou o Banco Central nesta terça-feira. No crédito total, que inclui crédito direcionado, os atrasos nos pagamentos de empréstimos ficou estável, em 3 por cento, desde dezembro.

O BC informou ainda que o spread bancário diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final ficou em 19,8 pontos percentuais no segmento de recursos livres em março, acima dos 19,7 pontos em fevereiro.

No crédito total, o spread ficou em 12,3 pontos percentuais, repetindo o nível de fevereiro.

Já a taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou março em 31,6 por cento, 0,1 ponto acima do patamar de fevereiro. No crédito total, os juros ficaram em 21,1 por cento em no mês passado, maior que os 21,0 por cento apurado no mês anterior.

Há um ano o BC vem elevando a Selic, hoje a 11 por cento ao ano, para combater a inflação alta no país. Esse movimento encarece o custo do crédito e acaba se refletindo no mercado.

O BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,0 por cento em março, chegando a 2,760 trilhões de reais, ou 55,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). A expansão observada no terceiro mês de 2014 foi determinante para o mercado de crédito encerrar o primeiro trimestre com aumento de 1,6 por cento no saldo do estoque.