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Juro futuro projeta alta da Selic para 9% esta semana
A disparada do dólar e a perspectiva de um aumento dos preços dos combustíveis, que se mantém em pauta, mexeram com as projeções.
Economistas e investidores no mercado de juros futuros da BM&F começam a semana alinhados em relação à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Ambos apostam que o colegiado do Banco Central (BC) vai anunciar, na quarta-feira, um aumento da taxa básica de juros (Selic) em 0,50 ponto percentual, para 9% ao ano.
No pregão de sexta-feira, o contrato futuro de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 - que abriga as apostas para o rumo dos juros até o fim do ano - fechou a 9,16%. Cálculos da gestora de recursos Quantitas mostram que o derivativo embute a projeção de um aperto monetário de 1,50 ponto percentual até o fim do ano, distribuído em três elevações seguidas de 0,50 ponto.
O consenso em torno da manutenção do ritmo de aperto - houve alta de meio ponto em maio e julho - chegou a ser abalado no início da semana passada. A disparada do dólar e a perspectiva de um aumento dos preços dos combustíveis, que se mantém em pauta, mexeram com as projeções. O DI para janeiro de 2014 chegou ao nível de 9,33% no dia 19. Espelhava um aumento de 1,86 ponto percentual da Selic até o fim do ano, com uma alta de 0,62 ponto na reunião do Copom desta semana. Ou seja, o mercado de juros futuros dividia-se entre uma alta de 0,50 ponto e 0,75 ponto.
Declarações do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, fizeram com que o mercado de juros futuros voltasse à velha aposta de alta de 0,50 ponto. Repetindo o conteúdo de documentos do BC, como a ata do Copom, Tombini afirmou, por meio de nota, que a "adequada condução da política monetária contribui para mitigar riscos para a inflação".
Alinhados em torno do que o Copom fará esta semana, economistas e mercado de juros futuros divergem sobre o tamanho total do ajuste. Enquanto investidores embutem nas taxas do DI de janeiro de 2014 a perspectiva de taxa básica em 10%, as apostas entre os 34 economistas ouvidos pelo Valor variam entre 9,25% e 10%.A