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Dólar sobe 0,26%, cotado a R$ 2,0777 e registrando 6ª alta consecutiva
Esta foi a 6ª alta seguida do dólar, ignorando o saldo positivo de US$ 1,223 bilhão no fluxo cambial até 4ª semana de junho.
O dólar comercial manteve-se no campo positivo durante toda esta quarta-feira (27) e voltou a fechar em alta, registrando avanço de 0,26%, terminando cotado a R$ 2,0777. Esta foi a 6ª alta seguida do dólar, ignorando o saldo positivo de US$ 1,223 bilhão no fluxo cambial até 4ª semana de junho. Nesta sessão, o Banco Central vendeu 60 mil contratos de swap cambial tradicional pela manhã, em uma operação que movimentou cerca de US$ 2,99 bilhões.
No front doméstico, o destaque ficou por conta do anúncio do ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre medidas de estímulo à economia do país, com a redução da TJLP (Taxa de Juro de Longo Prazo) de 6% para 5,5% ao ano. "Isso vai baratear o custo dos investimentos do setor produtivo", declarou Mantega.
A TJLP é o principal parâmetro para linhas de financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A medida faz parte da ampliação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) - ação que visa a estimular os investimentos produtivos no país.
Front internacional
No Velho Continente, o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, apelou para que os líderes do bloco durante a reunião de cúpula da União Europeia, que terá início na quinta-feira (28), encontrem meios de reduzir o custo da dívida dos países da região. Rajoy alertou que seu país não conseguirá continuar a se financiar a esse preço por muito tempo.
Ainda na Europa, a chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que não há soluções rápidas ou fáceis para acabar com a crise da dívida da Zona do Euro e que os líderes deveriam evitar fazer promessas precipitadas que não poderão cumprir. Merkel também reiterou sua oposição ao eurobônus.
Agenda de indicadores
No Brasil, houve um recuo de 0,2% na confiança da indústria entre maio e junho, pressionado pela percepção sobre os meses seguintes, cujo indicador caiu 1,4%. O dado que mostra o desempenho para os próximos seis meses foi ainda pior, com retração de 4,1%.
Já nos EUA, destaque para o Durable Good Orders, o qual mostrou que os pedidos e entregas de bens duráveis feitos junto à indústria avançaram mais do que o esperado em maio, registrando alta de 1,1% durante o mês. Também foi revelado o Pending Home Sales referente a maio,mostrando que o número de contratos de compra e venda de imóveis no país avançou 5,9% no mesmo mês.
Dólar comercial, futuro e Ptax
O dólar comercial fechou cotado a R$ 2,0772 na compra e R$ 2,0777 na venda, alta de 0,26% em relação ao fechamento anterior. Com esta alta, o dólar acumula valorização de 2,98% em junho, frente à alta de 5,81% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 11,20%.
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em julho segue cotado a R$ 2,078, leve alta de 0,07% em relação ao fechamento de R$ 2,077 da última terça-feira. O contrato com vencimento em agosto, por sua vez, opera em leve alta de 0,12%, atingindo R$ 2,092 frente à R$ 2,089 do fechamento de ontem.
Já o dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&FBovespa, fechou a R$ 2,0764, com alta de 0,48% sobre a cotação de anterior.