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Bancos centrais chegaram a elaborar plano B contra a crise
Investidores, empresas e governos já se preparavam para enfrentar uma segunda-feira com turbulências no mercado
Enquanto os Estados Unidos mantinha o mundo em um estado de alerta, bancos centrais (BCs) e governos de diversos países já preparavam um plano de emergência caso o acordo não fosse aprovado e os mercados abrissem nesta segunda-feira com a perspectiva de uma suspensão de pagamento americano. A meta de BCs era tentar blindar os mercados e garantir que o impasse americano não causasse uma paralisia no sistema financeiro internacional.
Apesar dos esforços para blindar os bancos, autoridades confessavam ontem que não sabiam o que ocorreria se a maior economia do mundo decretasse uma moratória.
"Isso nunca ocorreu. Mas causaria um terremoto no centro da economia mundial", alertou Klaus Regling, administrador do fundo de resgate criado pela União Europeia para socorrer países como Grécia, Portugal e Irlanda, ao jornal alemão Bild.
Segundo revelou ao Estado um alto dirigente de um BC no Oriente Médio, que pediu anonimato, os xerifes das finanças no mundo passaram o fim de semana coordenando uma eventual ação para tentar blindar os maiores mercados e manter o fluxo de dinheiro nos bancos e nos mercados, num sinal concreto de que temiam um colapso.
Se um acordo não fosse obtido até a manhã de hoje, o entendimento era de que BCs se colocariam à disposição de bancos comerciais para injetar recursos e garantir o fluxo de créditos. "Empréstimos interbancários são como o sangue no sistema financeiro. Sem ele, há uma morte quase imediata", disse o banqueiro.
Brasil. O governo brasileiro não preparou um plano B para lidar com a situação. Mas, segundo apurou o Estado, o Banco Central passou o fim de semana em contato com várias fontes do governo americano, do Federal Reserve e do mercado para acompanhar a evolução das discussões. / COLABORARAM FABIO GRANER E LU AIKO OTTA