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Mercado prevê mais inflação para 2010 e 2011
Com isso, mercado também prevê aumento maior de juros ano que vem.
Os economistas dos bancos subiram, na última semana, a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que avançou de 5,31% para 5,48%, informou nesta terça-feira (16) o Banco Central, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.
Essa foi a nona semana seguida de aumento da previsão. Ao mesmo tempo, a expectativa dos analistas para o IPCA de 2011 avançou de 4,99% para 5,05%.
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, as estimativas do mercado estão acima da meta central para os dois anos, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais.
Taxa de juros
Após manter os juros estáveis em 10,75% ao ano no mês passado, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central também não deve mexer na taxa básica em dezembro deste ano, segundo expectativa dos analistas do mercado financeiro. Deste modo, os juros devem fechar 2010 no atual patamar.
Os economistas continuam acreditando, entretanto, que a taxa Selic será elevada em 2011, e que atingirá 12% ao ano no fim do próximo ano. Isso representa aumento em relação à semana retrasada, quando o mercado acreditava que os juros terminariam 2011 em 11,75% ao ano.
Crescimento econômico
O mercado financeiro manteve, na semana passada, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 em 7,60%. Se confirmada, será a maior expansão desde 1985 (7,85%). Para 2011, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira foi mantida em 4,5%.
Taxa de câmbio
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2010 foi mantida estável em R$ 1,70 por dólar. Para o fechamento de 2011, porém, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio recuou de R$ 1,77 para R$ 1,75 por dólar.
Balança comercial
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2010 foi mantido em US$ 16 bilhões na semana passada.
Para 2011, o BC revelou nesta terça-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial permaneceu em US$ 8 bilhões de superávit.
No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 foi mantida em US$ 30 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil caiu de US$ 37,5 bilhões para US$ 37 bilhões.